Se todas as propostas para a criação de novos Estados e Territórios forem aprovadas, o mapa do Brasil ficaria assim:
Mas, os novos Estados e Territórios são viáveis economicamente?
Segundo Rogério Boueri, pesquisador do IPEA, só o Estado do Triângulo em Minas Gerais e o de Guanabara no Rio seriam viáveis economicamente.
Os demais Estados representaria um aumento de despesa pública para a União. O pesquisador justifica sua conclusão alegando o aumento de despesa do Deputados, Senadores, e afirma que um Estado gasta em média 12,75% do seu PIB só para se manter.
Lembra o pesquisador que Tocantins ficou recebendo ajuda federal por 10 anos até conseguir andar com suas próprias pernas.
O pesquisador tem razão, mas é preciso analisar a questão também através de outro ângulo.
O art. 43 da Constituição Federal deixa claro que é dever da União promover políticas para combater a desigualdade regional. Sendo assim, a criação de um novo Estado que tenha essa meta é algo bastante positivo.
A criação de um novo Estado em regiões dominadas pela miséria é um instrumento importante para combater a desigualdade regional.
Nesse aspecto, o Estado de Minas do Norte, por exemplo, seria um mecanismo importante de superar a miséria de uma das regiões mais pobres do país.
Pensando por esse ângulo, os Estados mais inviáveis seriam justamente o Estado do Triângulo e o Estado da Guanabara, eis que estão situados em duas das regiões mais ricas do país.
Outra proposta fantástica é a do Deputado Federal Chiquinho Escórcio que tem o sonho de criar o Estado do Planalto.
Segundo o Deputado, não tem mais sentido em existir o Distrito Federal. O fundamento para tal opinão é simples e real. Ora, toda a federação dá dinheiro para manter o DF.
Mas, hoje o DF tem um dos mais elevados IDHs do país.
Então, é justo o Piauí, o Maranhão e Alagoas que têm o menor IDH do Brasil continuar a contribuir com a riqueza do DF?
O Deputado entende que não e eu também.
O DF já pode andar com suas próprias pernas. Enquanto há outras regiões que precisam da União, que precisam de todos os brasileiros.
Mas, para aqueles que só conseguem ver o Brasil a partir do eixo Rio-SP, isso não é viável.
Viável é um novo Estado em Minas e no Rio.
E assim a desigualdade regional continua.
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